O mais importante sinal que indica a necessidade de buscar ajuda profissional em saúde mental é o sofrimento vivido. Todos nós sofremos, passamos por fases e ciclos complexos da vida. Sofrer, aprender, errar e acertar são características presentes na vida de todos. Porém, quando o sofrimento é intenso, prejudicando o desempenho no trabalho ou na escola, isolando o indivíduo de contato social ou levando a atrasos no desenvolvimento infantil, deve-se procurar ajuda profissional em saúde mental.

O psiquiatra é um dos membros do amplo grupo de profissionais ligados à saúde mental, como psicólogos, pedagogos, fonoterapeutas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, musicoterapeutas e educadores físicos. O psiquiatra deve atuar em consonância com esses profissionais, realizando uma avaliação ampla que busca identificar possíveis transtornos mentais associados ao sofrimento psíquico e, junto com o paciente e seus familiares, planejar a melhor intervenção terapêutica possível para o caso.

Após uma avaliação ampla e criteriosa pelo psiquiatra, e, diante de um sofrimento psíquico agudo e intenso, o tratamento farmacológico pode ser indicado. Porém a escolha do uso de medicação deve ser em comum acordo com o paciente e sua família, respeitando a autonomia e liberdade, visando o bem estar do indivíduo.

A consulta se baseia em uma conversa entre o psiquiatra e o paciente, onde o profissional busca ativamente obter informações relevantes para traçar hipóteses associadas ao sofrimento vivido e, junto com o paciente, buscar as melhores formas de entender, lidar e tratar o sofrimento. No caso de crianças e adolescentes, além da conversa entre o médico e o paciente, é realizada consulta com os responsáveis. É importante lembrar que o paciente tem direito ao sigilo médico, ou seja, as informações fornecidas em consulta dizem respeito somente ao médico e paciente, respeitando a autonomia desse. 

Há disponibilidade para ambos formatos. Porém sugere-se que o primeiro atendimento, o atendimento a crianças e o atendimento a pessoas com dificuldades na comunicação seja no formato presencial.

Para adultos, a primeira consulta costuma ter duração aproximada de 90 minutos e as demais consultas, de 60 minutos. Para os menores de 14 anos, a primeira consulta é dividida em duas etapas distintas (conversa com os responsáveis e avaliação da criança/adolescente), com duração total de cerca de 150 minutos. As demais consultas dos menores de 14 anos costumam ter duração aproximada de 90 minutos. 

A frequência varia caso a caso, de acordo com a gravidade dos sintomas apresentados e do tratamento proposto. Na maioria das vezes, a segunda consulta ocorre cerca de 40 dias após a primeira consulta.